Marlene

Meu nome é Marlene Magalhães aqui relatarei a realidade dos acontecimentos. Eu era curadora de uma irmã a qual era deficiente mental, física e constantemente com crises convulsivas, não andava e nunca falou. Esta irmã vivia em estado vegetativo, mas eu a cuidava com todo amor e carinho. Pois bem, em 2004 a mesma numa forte crise convulsiva teve fratura exposta do fêmur, eu corri para vários hospitais, conseguindo vaga no hospital de Bonssucesso, ali ela foi atendida, e ficou 38 dias, foi operada onde colocaram uma haste de platina dentro do fêmur.
Devido as fortes crises convulsivas, a platina se soltou da perna perfurando a nádega hora entrava, hora saia, correndo o risco de uma infecção. Eu lutei muito, levei-a ao local onde operou, porém lá me disseram que não poderiam fazer nada, e eu para baixo e para cima, correndo de hospital em hospital mas sem sucesso, era uma corrida incansável e que não desisti em momento algum, foi quando fui na Câmara municipal de Duque de Caxias.
Chegando lá, amostrei os raios x que havia levado para a pessoa responsável por ajudar a população, esta me indicou a uma secretária, a mesma vendo a situação que mostrava o raio x me disse que não tinha como fazer nada, eu desesperada implorando por ajuda pois a mesma não se compadeceu da situação, sendo que ao lado se encontrava uma Srª que por sinal muito bacana, humildemente, me chamou, olhou o raio x e disse: vou tentar lhe ajudar; pois a mesma por nome de Claudia Malvar, começou por telefone a fazer contatos, liga para um hospital, liga para outro... fez muitos contatos, dentre eles, com a graça de Deus um medico nos atendeu, marcou para que no dia seguinte a tantas horas eu levasse a menina no hospital Duque de Caxias e procurasse por ele. Chegando lá o medico olhou o raio x , passou exames e dentro de no máximo dez dias minha irmãzinha foi operada, com a retirada daquela haste, ela voltou a viver mais um pouco sem dor.
Depois da cirurgia ela vivei mais 8 meses, sendo que em fevereiro de 2009, ela veio a falecer, então devo toda a vitória que tive a Claudia, que correu atrás, se interessou e me ajudou sem me conhecer, ela viu meu sofrimento e sofreu junto comigo, só parou de lutar depois que estava tudo resolvido e através desta luta se criou uma amizade linda e cincera.
Eu devo muito a esta mulher guerreira, batalhadora, que pensa não só em si e nos seus, e sim se preocupa em ajudar a quem precisa, peço a Deus que continue abençoando a mesma, dando-lhe forças, saúde e que ela continue lutando pelas pessoas que realmente precisam, porque depois de recorrer a tantos hospitais e não conseguindo só o grande Deus para iluminar a Claudinha.
Agradeço-te de todo meu coração, serei eternamente grata que nossa amizade seja duradoura enquanto vivermos.
Obrigada Claudia da amiga Marlene.
eu e minha filha!